sábado, 26 de novembro de 2011

Representantes do povo Ignoram o povo

77% dos congressistas ignoram e-mails de eleitores

Só 25% têm sites e publicam comentários de internautas...

...pesquisa mostra Câmara e Senado distantes do mundo online.


Extensa pesquisa feita pela agência digital Medialogue sobre como os senadores e os deputados federais se comportam na internet mostra que a maior parte do Congresso Nacional ainda vive num mundo analógico.

Foi realizado um teste: cada senador e cada deputado recebeu um e-mail com perguntas sobre como encontrar mais informações sobre o seu trabalho na internet, como gastos de gabinete, agenda oficial e outros endereços de contato.

Dos 81 senadores, apenas 11 (14% do total) se dispuseram a dar alguma satisfação. Dos 513 deputados, só 124 (24% do total) responderam. Ou seja: dos 594 políticos que compõem o Congresso Nacional, 77% ignoram mensagens de interessados em seu trabalho.




Fernando Rodrigues

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Safrinha do milho: a nossa salvação

Sem a safrinha, a carência seria de 13 milhões de toneladas de milho


O que fazer com a produção de milho safrinha? Hoje, o conceito de segunda safra de milho já se consolidou e o termo safrinha apenas é lembrado pelas iniciativas feitas há mais de uma década em diversos estados brasileiros. Odacir Klein, presidente-executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), destaca um "detalhe" inquestionável quando o debate são os investimentos maciços feitos nessa época de plantio. "A produção da safra de verão de milho deverá chegar a 37 milhões de toneladas. Já a da segunda safra chegará a 27 milhões. Temos um consumo interno de 50 milhões de toneladas de milho. Ora, sem a segunda safra, teríamos uma carência de 13 milhões de toneladas do cereal", pontua. 

Klein ainda reforça que a segunda safra de milho é fundamental para o abastecimento do país e para que sejam criados excedentes exportáveis. Somente em Mato Grosso, principal estado produtor, a produção chegará a 9,4 milhões de toneladas, ultrapassando o Paraná, no patamar de nove milhões de toneladas. Mesmo antes de semeado, o milho segunda safra, que começará a ser plantado após a colheita da soja no estado de Mato Grosso, tem expressiva parcela já vendida. Entre os principais mercados consumidores, destaque para Arábia Saudita, Colômbia e Coreia do Sul.

Nesse cenário, entre as previsões apontadas por Odacir, estão o aumento da demanda por proteínas animais, o crescimento do volume de milho para etanol, aumentos expressivos da produtividade e três situações que deverão ocorrer no mercado internacional: a China aumentará as importações, a Argentina buscará agregar valor ao cereal, transformando o milho em combustível e em rações para aves, e os Estados Unidos passarão por um cenário competitivo entre o milho destinado para etanol e a quantidade do cereal que deverá ser destinada às exportações.

LIDERANÇA NA PRODUÇÃO

Parte dessa conjuntura será comum ao Brasil, na visão do produtor rural e prefeito do município de Lucas do Rio Verde (MT) Marino José Franz. "O Mato Grosso deverá agregar valor ao produto. Temos um potencial muito grande, mas temos também que diversificar nossa produção, viabilizando o segmento de carnes. Essa será a principal maneira de viabilizarmos nosso principal negócio, a agricultura", disse.

E em uma situação semelhante aos Estados Unidos, maiores produtores de etanol a partir do milho, Marino destaca que a falta de logística de Mato Grosso levará o Estado a investir nessa possibilidade. "Reproduzo aqui uma afirmação do ex-governador, Blairo Maggi: iremos produzir etanol a partir do milho", destacou.

O prefeito apresentou em painel sobre o escoamento da produção do milho segunda safra dados que colocarão o estado de Mato Grosso na liderança da produção agrícola. "Mato Grosso é a única região viável para o plantio da segunda safra em escala no mundo", afirmou. A projeção de Marino Franz é que a produção de milho ultrapasse as 16 milhões de toneladas em 2014, com mais 10 milhões de hectares de área sendo incorporados à agricultura provenientes de pastagens. "Não haverá estrada para suportar essa produção. É sete vezes mais em conta transportar frango do que milho. Por isso, o setor de carnes viabilizará nosso principal negócio", antecipou.

Diante desse contexto, o prefeito reforçou o crescimento do município proporcionado pela agricultura. De R$ 106 mil em 1996, o PIB subiu para R$ 1,3 milhão em 2011. "O próprio Brasil não conhece o potencial do nosso estado. Ou temos opções concretas para melhorias na logística de transporte, com a viabilização de ferrovias para nos ligar ao Pacífico, ou teremos realmente que investir em consumo", frisou. Hoje, o custo do frete de grãos até o porto mais próximo representa mais de 45% do valor obtido pela venda de uma tonelada de grãos. Já em Ponta Grossa, no Paraná, esse valor representa apenas 8%.

Mais informações: www.seminariomilhosafrinha.com.br.

FONTE

Embrapa Milho e Sorgo
Guilherme Viana - Jornalista

A terra preta dos índios e o efeito estufa

Solo produzido por índios da Amazônia
pode frear efeito estufa



Um grupo de agrônomos liderados pelo professor José Marques Júnior, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), Câmpus de Jaboticabal, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) descobriu oito sítios de terra preta de índio ou terra preta arqueológica no Arco do Desmatamento, uma região da Amazônia Legal que vai do Acre ao Maranhão.



Segundo o pesquisador, a terra preta de índio, também conhecida por carbono biológico (ou biochar, em inglês) é obtida a partir da queima de biomassa - resíduos de vegetais e animais - pelo método da pirólise, isto é, combustão em elevada temperatura sem oxigênio. A descoberta foi feita durante a coleta de amostras de solo para um estudo de aptidão agrícola no sul do Estado do Amazonas, pelo Grupo de Pesquisa Caracterização do Solo para Fins de Manejo Específico, coordenado por Marques Jr. (leia ao final da matéria).

Marques Jr. explica que esse produto reúne significativos teores de nutrientes de plantas, principalmente cálcio, fósforo e carbono orgânico. Por ser formada na ausência do oxigênio, essa cadeia química torna-se difícil de ser decomposta por microrganismos, razão pela qual o carbono apresenta elevada estabilidade no solo. Essa permanência do carbono orgânico na terra resulta na diminuição de pelo menos 25% do impacto da atividade agrícola no lançamento de gás carbônico (CO2) para a atmosfera.

O biochar tem também um mecanismo que mantém a fertilidade do solo. "Em linguagem comum, o carbono estável libera nutrientes em proporções adequadas no decorrer das atividades agrícolas", esclarece o pesquisador. E mais: análises baseadas no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) indicaram tratar-se de terra resistente à compactação, ou seja, com boa estrutura para manter culturas variadas.

HERANÇA INDÍGENA

Não se sabe ao certo a origem do biochar. Uma explicação possível é a de que ele teria se formado com o costume dos povos pré-colombianos de atear fogo aos seus resíduos orgânicos, inclusive utensílios cerâmicos.

O material encontrado em seis áreas particulares nos arredores do município de Humaitá e duas no km 180 da Transamazônica, em Santo Antonio do Matopi, representa "uma dádiva do índio amazonense à agricultura, por seu potencial para combater a infertilidade do solo da região", de acordo com Marques. Para ele, o achado pode levar à compreensão da gênese e evolução desse produto, por meio do estudo de seus atributos físicos, químicos e mineralógicos.

O professor diz que o biochar desperta o interesse mundial pelo benefício que pode trazer para a agricultura, a partir do domínio de sua técnica. Uma possibilidade seria sua produção em larga escala como fertilizante e para sequestro de carbono e outros gases do efeito estufa, retendo-os assim no solo. "Não deixa de ser curioso encontrar nesse legado ancestral a inovação para as práticas agrícolas contemporâneas", conclui Marques Jr.

Uso racional do solo

O estudo de aptidão agrícola no Arco do Desmatamento é uma parceria entre a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias(FCAV), Câmpus de Jaboticabal, e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Câmpus de Humaitá, para identificar o impacto no solo da conversão da floresta em fazendas para exploração agropecuária. O projeto tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e deve ser concluído em 2012.

A equipe espera fornecer informações para auxiliar no planejamento estratégico de uso do solo dos campos naturais na região Amazônica.

O agrônomo José Marques Jr., professor do Departamento de Solos e Adubos da FCAV, coordena o Grupo de Pesquisa Caracterização do Solo para Fins de Manejo Específico (CSME) - www.csme.com.br -, que congrega pesquisadores de diversos departamentos da unidade. Atuando em diferentes áreas do conhecimento, o grupo busca desenvolver e divulgar novas tecnologias que atendam requisitos do desenvolvimento sustentável.

Para isso faz uso da multidisciplinaridade para encontrar soluções práticas com base em ciência básica. Pela sua atuação no setor, em agosto, Marques Jr. foi indicado diretor da Regional São Paulo daSociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS).

FONTE

Genira Chagas - Jornalist

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Lábios Carnudos, a febre do exagero

Jovem aplica mais de 100 injeções de silicone para aumentar os lábios



Kristina Rei antes e depois das aplicações (Fotos: Reprodução/The Sun)
Em busca do sonho de ter os lábios da personagem de desenho animado Jessica Rabbit, a russa Kristina Rei, 22 anos, se submeteu a mais de 100 procedimentos de preenchimento labial. Ela desembolsou até o momento cerca de R$ 11 mil, mas ainda não está satisfeita.

Em entrevista ao britânico "The Sun”, Kristina contou que foi atrás de tratamento por considerar seus lábios “finos e feios”. "Amo os lábios grandes da Jessica Rabbit. Ela é o meu ideal de mulher perfeita", declarou.

A primeira injeção de botox foi aplicada quando a russa tinha 17 anos. Ao jornal, ela admitiu ser viciada. "Alguns amigos dizem para eu parar, mas ainda não estou satisfeita", afirmou, acrescentando: “Sei que algumas pessoas pensam que fiquei ridícula, mas não me importo.”

Além da mudança nos lábios, a jovem pretende turbinar os seios e fazer cirurgia plástica no nariz e nas orelhas.

Yahoo notícias

Pasta das Cidades adultera documento

Pasta das Cidades adultera documento e eleva em R$ 700 milhões projeto da Copa

O Ministério das Cidades, com aval do ministro Mário Negromonte, aprovou uma fraude para respaldar tecnicamente um acordo político que mudou o projeto de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá (MT). Documento forjado pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, com autorização do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, adulterou o parecer técnico que vetava a mudança do projeto do governo de Mato Grosso de trocar a implantação de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Com a fraude, o Ministério das Cidades passou a respaldar a obra e seu custo subiu para R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que o projeto original. A mudança para o novo projeto foi publicada no dia 9 de novembro na nova Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo.
Para tanto, a equipe do ministro operou para derrubar o estudo interno de 16 páginas que alertava para os problemas de custo, dos prazos e da falta de estudos comparativos sobre as duas mobilidades de transporte.

Por Leanro Colon | Agência Estado

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Georreferenciamento e o Bom Senso

Governo amplia prazo para georreferenciamento de imóveis rurais


Agricultores de todo o país, donos de imóveis rurais de até 500 hectares, ganharam novo prazo para apresentar o georreferenciamento de seus imóveis rurais. O decreto 7.620/2011, publicado ontem (22/11/11) no Diário Oficial da União (DOU), estende para 2023, a depender do tamanho da propriedade, a realização do procedimento, exigido pela Lei 10.267/2011.

"A decisão dá segurança jurídica e garante a continuidade da produção, a regularidade da unidade produtiva rural e de comercialização desses agricultores", comemorou o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, que negociou a dilatação do prazo junto à Casa Civil. "Nós estipulamos prazos elásticos que dão conforto econômico e jurídico para que os produtores cheguem a oferecer ao Estado o georreferenciamento determinado na lei", observou.

Pelo decreto, os agricultores que possuem áreas de 250 a 500 hectares passam a ter dez anos -- contados a partir de 2003 -, para executar o georreferenciamento; aqueles que são donos de 100 a 250 hectares terão treze anos; os proprietários de 25 a 100 hectares terão 16 anos; e os agricultores familiares de áreas inferiores a 25 hectares, ganharam 20 anos a partir de 2003 para cumprir a exigência.

O georreferenciamento é um procedimento obrigatório de demarcação de imóveis rurais para agricultores que pretendem desmembrar, remembrar ou vender sua propriedade, alterando o domínio. Se não o fizer dentro do prazo estipulado em decreto, os proprietários ficam impedidos de registrar a operação desejada em cartório. Para executar o georreferenciamento, o dono do imóvel precisa contratar, na iniciativa privada, um técnico em topografia credenciado pelo Incra -- autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) -, que fará a demarcação da propriedade usando tecnologia avançada de instrumentos de GPS para definir o perímetro.

Feita a demarcação, o dono do imóvel rural precisa apresentar a planta e o memorial descritivo do imóvel e certificá-los junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O órgão verifica se o georreferenciamento foi executado respeitando os preceitos técnicos, ou se os limites do imóvel se sobrepõem na base de dados cartográficos do Incra.

"O objetivo é garantir maior segurança jurídica na ocupação do imóvel pelo proprietário, e também ao longo do tempo ir estruturando um mosaico dos imóveis rurais do país, não mais permitindo a sobreposição de imóveis e qualificando a gestão da estrutura fundiária do Brasil", explica Richard Tosino, diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra.

COOPERAÇÃO COM O EXÉRCITO

Diário Oficial da União publicou hoje também o termo de cooperação técnica assinado entre o Incra e o Exército para análise de cerca de 20 mil processos de certificação para imóveis acima de 500 hectares, que estão nas superintendências regionais do Incra. O Exército irá contratar técnicos para análise dos processos e o Incra irá acompanhar, monitorar e coordenar por meio da Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária.

FONTE

Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de Comunicação Social MDA
Ludmilla Duarte - Jornalista

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Escolas rurais no Brasil

Manifesto denuncia fechamento de 24 mil escolas rurais no Brasil




Recentemente, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) lançou, junto com outras entidades, manifesto em que denuncia o fechamento de 24 mil escolas no campo no Brasil, desde o ano de 2002. Organizações ressaltam a importância de garantir escola acessível às crianças do campo, bem como uma educação cujo currículo esteja ligado ao contexto dos estudantes. Segundo o Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação(MEC), no meio rural havia 107.432 escolas em 2002. Já em 2009, o número de estabelecimentos de ensino reduziu para 83.036. O manifesto pode ser assinado neste link (clique para acessar). 

"(...) fechar uma escola do campo significa privar milhares de jovens de seu direito à escolarização, à formação como cidadãos e ao ensino que contemple e se dê em sua realidade e como parte de sua cultura. Num país de milhares de analfabetos, impedir por motivos econômicos ou administrativos o acesso dos jovens à escola é, sim, um crime!", diz o manifesto.

Coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara ressalta que fechar as escolas - postura explicada pelo governo com argumentos financeiros - é uma violação ao direito à Educação.

"O fato de nucleizar (eleger uma escola para receber estudantes de várias localidades) tem gerado problemas de deslocamento, de 3 a 4 horas, em veículos ruins, o que é uma condição estressante para as crianças e agressão a qualquer princípio de educação de qualidade", afirma.

Até crianças de três anos de idade têm sofrido deslocamento diário de 3 a 4 horas. Além de enfrentar dificuldades no percurso até a escola, os estudantes se deparam com uma educação de baixa qualidade, acrescenta Daniel.

Para tentar reverter a situação, houve audiência pública com oMinistério da Educação, em agosto de 2011. Contudo, os compromissos assumidos na ocasião não foram cumpridos.

"Vários compromissos e nada foi feito. A gente está pressionando o Ministério por emendas na LBD [Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional] que sejam mais rigorosas quanto ao fechamento de escolas, ouvindo comunidades. Muitas vezes o gestor do município avisa à comunidade que vai fechar a escola 15 dias antes, o que inviabiliza buscar uma alternativa", conta.

Em nível regional, a coordenadora-geral da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade), Camilla Croso, reforça o repúdio ao fechamento das escolas no campo. "A Clade se opõe veementemente ao fechamento. Constitui uma violação gravíssima ao direito à educação e causa extrema preocupação e indignação. É uma afronta, em um momento em que a gente deveria disponibilizar mais escolas no campo", disse, informando que os índices de analfabetismo são "invariavelmente" piores no campo.

Ela explica que a atitude consiste em discriminação e desvalorização do campo. "Essa desatenção ao campo é uma profunda discriminação. Gera tendência a não escolarização total ou à desvalorização do campo, pois se tem que ir à cidade para ter acesso à educação, que está fora do contexto dos estudantes e trata a cultura do campo como inferior", aponta.

Mais do que discriminação, o fechamento das escolas fere as quatro dimensões do direito à Educação -- disponibilidade; acessibilidade; aceitabilidade; e adaptabilidade.

"A escola precisa existir, se não, não há disponibilidade; a distância percorrida pelos alunos até a outra escola mais próxima fere a acessibilidade; já a questão da aceitabilidade diz respeito a um currículo pertinente, com um Projeto Político Pedagógico em sintonia com os Direitos Humanos. Na cidade, o currículo não está em consonância com o contexto dos alunos e a educação vem carregada de violação. Por fim, a adaptabilidade diz que a escola é que tem de se adaptar aos alunos, e tem de ser georreferenciada, o que também é desrespeitado", argumenta.

Camilla informou que a Clade tem pautado o fechamento das escolas do campo no Brasil em todas as reuniões de que participa -- com ministérios, com o Parlamento Latino-Americano (Parlatino) e também em reuniões com organismos internacionais.

Além disso, ela afirma que o fechamento das escolas do campo é uma problemática presente em toda a América Latina, o que instiga a Campanha a agregar países em torno desta demanda.

LEIA TAMBÉM

Audiência pública na ALMG discute políticas de Educação no Campo

FONTE

Adital
Camila Queiroz - Jornalista

APP e Reserva Legal mais caras do mundo

Perder 24% da área produtiva para recuperar APP e Reserva Legal sairá caro para o Brasil, diz estudo

Recuperar os déficits de Reserva Legal (RL) e Áreas de Proteção Permanente (APPs) ocupadas com agricultura em áreas produtivas pode custar caro para o Brasil e ser especialmente devastador para a economia de estados e municípios majoritariamente dependentes da atividade agrícola e florestal. A conclusão é do novo estudo produzido pelo coordenador daRedeAgro e diretor geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), André Meloni Nassar e do procurador da Fazenda Nacional e autor dos livros Código Florestal ComentadoCurso de Direito Ambiental e Multa Ambiental, Luís Carlos da Silva Moraes, no momento em que se discute o Código Florestal Brasileiro, cuja revisão tramita agora no Senado Federal.

De acordo com a pesquisa, os 64,8 milhões de hectares a recompor com florestas equivalem a 24% da área total em produção no país. Além dos custos estimados para a execução do reflorestamento, que inclui o cultivo, plantio de mudas e cercamento das áreas, há a perda de arrecadação tributária e o encolhimento da renda agrícola em torno de 20,5%.

Segundo o texto, uma redução de 24% na área produtiva acarretará em um encolhimento de 20,5% - cerca de R$ 36,1 bilhões - na renda total gerada pelo setor agropecuário. Por indução, esta diminuição na renda seria responsável por um impacto adicional de R$ 91,9 bilhões nos demais setores da economia, totalizando uma redução de 3,4% no total produzido pelo Brasil em 2005. "Lembrando que o PIB brasileiro cresceu, em termos nominais, 70% de 2005 a 2010, se trazida para valores de 2010, a perda seria de R$ 218 bilhões", afirma André Nassar.

EFEITO DOMINÓ

Nassar e Moraes estimam ainda uma provável redução de consumo de mais de R$ 67,5 bilhões, resultado direto do impacto da perda da renda em setores diversos da economia. Em arrecadação de tributo, seriam 8,5% a menos, reduzindo a carga tributária de 33,83% do PIB para 30,93%. 

"Os efeitos da retirada desse nível de grandeza da economia têm reflexos inexoráveis, com redução de emprego e renda em toda a cadeia produtiva do agro e que tem a maior parte instalada nos centros urbanos", diz o estudo. 

Para estados do chamado Brasil Central, fronteiras agrícolas responsáveis por boa parte da produção de alimentos e fibras do país, como Mato Grosso, Piauí, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Acre e Roraima, os efeitos da perda de área produtiva seriam devastadores, com redução significativa do PIB.

"Uma perda de produção agropecuária nas magnitudes estimadas levaria a um atraso econômico dessas regiões, aprofundando, ainda mais, as desigualdades já existentes no Brasil", diz Nassar, para quem a recuperação de vegetação natural sobre área produtiva puniria com maior vigor aquelas regiões com maior dependência do setor primário, emperrando de vez o processo de diversificação da economia. "Esta conta não será paga apenas no campo. Mesmo nas cidades seus efeitos serão sentidos, na indústria, no comércio e na mesa do consumidor", conclui.

PARA SABER MAIS

Este e outros estudos desenvolvidos estão acessíveis emwww.redeagro.org.br.

FONTE

Catarina Guedes - Jornalista

CHIP DO BOI

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou, no fim de outubro de 2011, que a fábrica do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), vinculado à pasta, iniciou a produção, em escala comercial, do chamado Chip do Boi, dispositivo projetado para identificação do animal e que será inserido em um sistema de rastreamento de gado.
Além disso, nota divulgada no site da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) afirma que o Ceitec chegou à fase final de desenvolvimento do chip CTC13000, voltado para o rastreamento de produtos e processos.

De acordo com o diretor-presidente da empresa, Cylon Gonçalves da Silva, citado pela Finep, o chip CTC13000 tem uma ampla base de aplicação e pode ser usado em praticamente qualquer situação que exija identificação e rastreamento de mercadorias e registro eficaz de informações de produtos e processos. Ele está passando por testes, e a previsão é que o chip comece a ser produzido em massa em março de 2012.

Já o Chip do Boi é o primeiro chip desenvolvido pela fábrica do Ceitece o primeiro dispositivo do gênero a ser produzido em volume no País. Ele está sendo fabricado pela X-FAB, empresa alemã com quem aCeitec firmou um acordo de transferência de tecnologia.

X-FAB é uma das principais fabricantes de semicondutores nas áreas analógica e mixed-signal no mundo. A companhia alemã foi selecionada pela Ceitec para produzir o Chip do Boi em suas instalações, com o objetivo de atender o mercado brasileiro e mundial, uma vez que trabalha com a tecnologia CMOS 0,6 Micron, a mesma que em breve estará disponível na fábrica da Ceitec.

A previsão de demanda doméstica para o chip supera 1,5 milhões de unidades para 2012, com taxa mínima de crescimento esperado de 10% ao ano na próxima década. O Chip do Boi é o primeiro semicondutor desenvolvido em uma empresa nacional que alcança volume de produção em instalações de classe mundial de fabricação de semicondutores.

A fábrica do Ceitec fica em Porto Alegre (RS) e é a primeira fábrica de chips da América Latina. O projeto de R$ 400 milhões foi financiado pelo governo federal. 

FONTE

Inovação Unicamp

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Maravilhosa Graviola e o Câncer

Maravilhosa Graviola




Por achar de grande utilidade passo abaixo resumo de texto de um E-mail que recebi de um amigo "Graviola (Anona ou Chirimoia)”.É um produto fantástico para matar a células cancerígenas sem os inconvenientes da quimioterapia. Ela age destruindo apenas as células cancerígenas sem causar danos aos outros tecidos.Segundo pesquisas feitas pelo Instituto de Ciências da Saúde de Baltimore (www.hsibaltimore.com) a partir de 1970 a graviola (e seu suco) teriam um poder 10.000 vezes superior ao quimioterápico Adriamycin , muito usado em todo o mundo. Isto nos faz pensar quantas pessoas morrem porque as grandes empresas não querem perder seu lucro ou a chance de mais adiante patentear como medicamento, algo que a natureza nos dá de graça...A graviola é também conhecida nos países hispanos pelo nome de guanábana e nos países de língua inglesa por soursoup.Já foram feitos 200 testes com a graviola onde ela provou ser muito eficaz para 12 tipos de câncer, entre eles o de cólon e o de mama , que tem índices tão elevados no nosso Brasil".
Publicado por FATIMA RAMOS FEITOSA em 20 fevereiro 2011

MULTA DE TRANSITO e a penalidade de advertência

MULTA DE TRANSITO : essa você não sabia
No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada. 
Código de Trânsito Brasileiro 
Art.. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.

Documentos roubados - BO

 Importante: Documentos roubados - BO (boletim de occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???
Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como:
Habilitação (R$ 42,97);
Identidade (R$ 32,65);
Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11)..
Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ Habilitação e Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP..

AUXÍLIO À LISTA 102

Telefone 102... não! Agora é: 08002800102. Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente são importantes......NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO. SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇO  VERDADEIRAMENTE GRATUITO.

cartório 24 horas

Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila. O cartório eletrônico, já está no ar!  www.cartorio24horas.com.br. Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.  Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.

sábado, 19 de novembro de 2011

Lula, o câncer, o SUS e o Sírio




O Brasil de Nosso Guia está a 33 quilÿmetros da "perfeição no tratamento de saúde"



AS PESSOAS que estão reclamando porque Lula não foi tratar seu câncer no SUS dividem-se em dois grupos: um foi atrás da piada fácil, e ruim; o outro, movido a ódio, quer que ele se ferre. Na rede pública de saúde, em 1971, Lula perdeu a primeira mulher e um filho. Em 1998, o metalúrgico tornou-se candidato à Presidência da República e pegou pesado: "Eu não sei se o Fernando Henrique ou algum governador confiaria na saúde pública para se tratar". Nessa época acusava o governo de desossar o SUS, estimulando a migração para os planos privados. Quando Lula chegou ao Planalto, havia 31,2 milhões de brasileiros no mercado de planos particulares. Ao deixá-lo, essa clientela era de 45,6 milhões, e ele não tocava mais no assunto.
Em 2010, Lula inaugurou uma Unidade de Pronto Atendimento do SUS no Recife dizendo que "ela está tão bem localizada, tão bem estruturada, que dá até vontade de ficar doente para ser atendido". Horas depois, teve uma cris e de hipertensão e internou-se num hospital privado.
Lula percorreu todo o arco da malversação do debate da saúde pública. Foi de vítima a denunciante, passou da denúncia à marquetagem oficialista e acabou aninhado no Sírio-Libanês, um dos melhores e mais caros hospitais do país. Melhor para ele. (No andar do SUS, uma pessoa que teve dor de ouvido e sentiu algo esquisito na garganta leva uns 30 dias para ser examinada corretamente, outros 76, na média, para começar um tratamento quimioterápico, 113 dias se precisar de radioterapia. No andar de Lula, é possível chegar-se ao diagnóstico numa sexta e à químio, na segunda. A conta fica em algo como R$ 50 mil.)
Lula, Dilma Rousseff e José Alencar trataram seus tumores no Sírio. Lá, Dilma recebeu uma droga que não era oferecida à patuleia do SUS. Deve-se a ela a inclusão do rituximab na lista de medicamentos da saúde pública.
Os companheiros descobriram as virtudes da medicina privada, mas, em nove anos de poder, pouco fizeram pelos pacientes da rede pública. Melhoraram o acesso aos diagnósticos, mas os tratamentos continuam arruinados. Fora isso, alteraram o nome do Instituto Nacional do Câncer, acrescentando-lhe uma homenagem a José Alencar, que lá nunca pÿs os pés. Depois de oito anos: 1 em cada 5 pacientes de câncer dos planos de saúde era mandado para a rede pública. Já o tucanato, tendo criado em São Paulo um centro de excelência, o Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira, por pouco não entregou 25% dos seus leitos à privataria. (A iniciativa, do governador Geraldo Alckmin, foi derrubada pelo Judiciário paulista.)
A luta de José Alencar contra "o insidioso mal" serviu para retirar o estigma da doença. Se o câncer de Lula servir para responsabilizar burocratas que compram mamógrafos e não os desencaixotam (as comissões vêm por fora) e médicos que não comparecem ao local de trabalho, as filas do SUS poderão diminu ir. Poderá servir também para acabar com a política de duplas portas, pelas quais os clientes de planos privados têm atendimento expedito nos hospitais públicos.
Lula soube cuidar de si. Delirou ao tratar da saúde dos outros quando, em 2006, disse que "o Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde". Está precisamente a 33 quilÿmetros, a distância entre seu apartamento de São Bernardo e o Sírio. 

O Rutilo goiano: a busca frenética

Titânio - Um material fantástico

História 

O titânio não ocorre de forma livre e pura na natureza. O fantástico metal foi descoberto em 1791, na sua forma de óxido, pelo inglês William Gregor. 
Gregor nasceu em Cornualha onde se interessou pela química. Graduou-se na Faculdade de St John (Cambridge) em 1784. Posteriormente, transferiu-se para Diptford em Devon. Após uma breve permanência em Bratton Clovelly transferiu-se permanentemente para a reitoria de Cornwall. Ali iniciou uma análise química notavelmente exata dos minerais de pegmatita (denominado de "Cornish Stone", na Europa). De um mineral local, uma forma de ilmenita do "Vale Menaccan", isolou o "metalmenaccanita" (primeiro nome do titânio) em homenagem ao nome do Vale. Em 1795 Martin Heinrich Klaproth descobriu um novo metal (TITANIUM) no mineral rutilo, demonstrando ser o mesmo elemento econtrado por Gregor. Gregor encontrou mais tarde o mesmo metal numCorindon do Tibete, e numa turmalina de uma mina local de estanho (famosos óxidos de titânio combinado aos elementos minerais).
Cristais de rutilo, a forma mais comum
de dióxido de titânio encontrada na natureza
(foto: Fersman Mineralogical Museum/Russian Academy of Science).

O Titânio permaneceu desconhecido até a década de 1920, quando sua extração, a partir de seu óxido na forma comum passou a ser refinado, mas sua utilização e a exaltação de suas propriedades, bem como sua utilização só tiveram projeção como material em aplicação bélica introduzido a partir da guerra-fria e pela corrida espacial. Começando na década de 1950 o titânio tornou-se uma matéria prima essencial na guerra tecnológica. A escolha do material foi baseada em suas característica extraordinárias: extremamente duro, cerca de 3 vezes mais se comparado ao aço, 42% mais leve, quimicamente inerte, resistente a altas temperaturas e condições enérgicas e baixo condutor térmico. Era utilizado na fabricação de mísseis, submarinos, ligas de armas de fogo, satélites, aviões e até mesmo no famoso Concord (Aeronave francesa muito famosa).

Disponibilidade 

Embora seja o quarto material mais comum após o alumínio, o ferro e o magnésio, o óxido de titânio é o segundo elemento encontrado na natureza em dureza, atrás somente do diamante. É
 o nono elemento mais abundante da terra e destaca-se por ter um processo de extração e separação extremamente difícil.

Nos anos 1950 os custos do material eram altíssimos devido a complexidade de extração e processos, atualmente, após a política desarmamentista e novas tecnologias de extração e beneficiamento tronou-se pouco mais disponível. Os japoneses nos anos de 1970 foram pioneiros na sua utilização para elaboração de vidros utilizados nas contruções de arrancha-céus devido a sua baixa taxa de expanção térmica junto ao vidro.


Um marco na intensificação desse elemento, sua fama e prestígio ocorreu em 1997, com a inauguração de uma maravilha arquitetônica: O Museu Guggenheim (Guggenheim Museum.pdf), em Bilbao, Espanha pela geniosidade do arquiteto Frank Gehry. Toda estrutura externa do museu foi revestida por chapas de titânio. Em seguida o material ganhou notoriedade quando aplicado na Tocha Olímpica dos Jogos de 1997 de Nagano, japão. Status de material tecnológico.

2 comentários:


igor disse...
Opa! O que eu fico mais impressionado é que nós ingerimos dióxido de titânio em vários alimentos industrializados, por exemplo nos sucos em pó cligth e tang. Me parece que a utilização nesses casos é como corante... abraço! igor
Prof. Paulo Miranda disse...
Isso Mesmo Igor! Mas não fique tão impressionado assim não! O Titânio não traz problemas à nossa saúde, assim como outros óxidos de matais. Também denominado titânia, é um sólido cristalino branco, de estrutura tetragonal, insolúvel em água, não tóxico e quimicamente bastante estável.Algumas aplicações: a mais importante é como pigmento, para dar cor branca e opacidade a tintas, esmaltes, plásticos, papéis, fibras, alimentos, cosméticos. É o pigmento branco mais usado. Também como material fotossensível em células fotovoltaicas. A resistividade varia com o teor de oxigênio da atmosfera e, por isso, pode ser usado em censores de oxigênio. De forma impura, é encontrado no mineral rutílio. Também produzido a partir do mineral ilmenita (titanato ferroso, TiFeO3).